terça-feira, 27 de outubro de 2009

A valsa do vinho....


A valsa de um copo de vinho inundando num guardanapo de bordel enobrece a alma do flâneur, perdido a sondar a noite, que deixa o álcool derramar as lágrimas de seu coração esgrimista.Seus versos, sua prosa, sua boca, nada tem a dizer.
O tempo inebriante cessou a viagem de si a si mesmo, e seu coração, irradiante, guardou seus contos apenas para usufruí-lo sob o delírio do ópio.
Cada dia uma viagem cambaleante, um sonhador de Outono delirante, uma velhinha fúnebre num passeio à beira do Sena.
Acenda só mais um fósforo e jogue-o no copo e veraz a luz de uma alma pertinaz se apagar como os lampiões a gás vacilam mais um dia entediante.

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