segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Jovem mortal...

Dejeto pensamentos obscuros na ânsia desejante por extorquir vontades.
Nesta tarde, fui à casa de Galadriel Nunes, uma de minhas meninas, vindas do interior da Bahia, que por força da condição estabelecida pelo destino, jurou solenemente ao divino, entrelaçar-se a bestial noção perene de toda uma sociedade: a de ser única a uma única pessoa, quando o único já se basta. 
O Juiz da 19º vara civil, Belarmino Oliveira Barros, 68 anos, se apaixonou por Galadriel quando recepcionava o então desembargador Clovis Gomes. Galadriel tinha 22 anos.
A visita foi servida de conversas nauseantes. O que me chamou a atenção veio na voz jovial da adolescência, voz esta que confesso, “oh, ardiloso mucamo labutador, enforca-me, apenas por ousar dedicação a estender mais que três palavras a tão vazia figura!”
Enquanto esperava a condução, um jovem de 16 anos se aproximou. Fadigada por esperar, resolvi passar o tempo com uma simples conversa.
Comecei perguntando como os jovens, desta geração, faziam para se divertir. Rapidamente ele reduziu a palavra diversão há algo que ele chamou de “balada” e “ficar”.
Recolhi até o mais insignificante dos pensamentos para não ousar irradiar qualquer fração de idéia.
Sorri e admirei a nova criação do artista, do criador, estes seres ingênuos e docilmente mortos, incapazes de gerar memórias, capazes de esvair-se na história... Sem começo ou meio, esta juventude se posta ociosamente no fim.

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