sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Prólogo

Meu nome? Já nem lembro mais. Há 72 anos que só referem a mim por um nome já folclórico, um conjunto de letras que formam toda a essência do baixo calão, que me fez conhecer a riqueza e me tornou rica.
Dinheiro. Certamente você não há de se iludir em pensar que a riqueza que me refiro tratasse de tão simplório papel ou pedaço de um metal qualquer. Tenho certeza que se você tem mais do que doze anos, e já tem motivo mais do que suficiente para ser chamado atenção por demorar horas em um banho de minutos, sabe do que estou falando. Mas isso é apenas um rubi do meu vasto baú de riqueza. Por tal, atrevo-me aqui a dedicar-me a tecer um mapa, um mapa que poderá te levar a obter um baú de preciosidades como o meu.

Histórias, histórias e mais histórias das quais tive o prazer de presenciar sempre, com pelo menos uma parcela do meu corpo, seja o meu ouvido quando ouviu, sejam os meus olhos quando assistiram, seja a minha boca quando o tocou, seja como for.
Trarei a você à experiência adquirida pelo meu corpo e pelas verdades questionadas e levadas ao patamar da mentira.
Antes que eu me esqueça, meu nome é Madame Cabaret, sou dona de um bordel famoso cujo prazer foi a forma que encontrei para ganhar a vida...









Madame Cabaret

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